terça-feira, 18 de junho de 2013

Apresentação

Os textos apresentados abaixo, foram realizados por alunos do 1º período de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense FEBF, a partir de entrevistas a Docentes de diferentes áreas da Educação. 

Os integrantes deste grupo são: 
  • Antônio Jorge Reis da Silva
  • Eurídice Braga de Souza
  • Jocimar Santos Silva
  • Juliene Nascimento dos Santos
  • Rodrigo Mesquita
  • Rosemary
Esperamos que esta leitura seja de agrado, pois são histórias de vida interessantes!

Boa leitura!



Introdução
Este trabalho realizado por Antônio Jorge Reis da Silva, fazendo parte do grupo em que estão inseridos, Juliene Nascimento, Jocimar Santos Silva, Rosemary S. Gomes, Eurídice Braga de Souza, para a disciplina, “Perspectiva Histórica das Idéias e Práticas Pedagógicas I da Professora Dra: Amália Dias, em que realizo uma entrevista com um profissional de fisioterapia inserido no contexto pedagógico como professor de artes marciais e professor tutor em uma plataforma de ensino à distância, ministrando cursos de atualização e informação em saúde. O objetivo do presente trabalho é avaliar a capacidade de atuação do aluno em questão.
Segue o correlato por eu feito no intuito de contar com as próprias palavras do profissional entrevistado, sua formação e desenvolvimento na área de saúde em que produz pesquisas em atuações com seus alunos.



Entrevista com o Prof. Dr. Luiz Barreto Fisioterapeuta
(poAntonio Jorge)

Trajetória escolar
Nascido no ano de 1956 no Estado do Rio de Janeiro estudou no antigo ensino primário na escola Azul e Branco localizada em Realengo (1968). Logo após estudou no antigo curso ginasial no colégio Souza Lima em Realengo (1973). Na época era preciso fazer um curso preparatório e uma prova de admissão para o ingresso do aluno no curso. O curso primário e o curso ginasial sofreram fusão passando então a ser chamado de ensino fundamental na atualidade.
O estudo no curso cientifico (1974) no Colégio Arte e Instrução foi interrompido pela convocação para o serviço militar (1975), retornando em 1976 para tentar concluir os estudos que em 1977 foi interrompido para o exercício profissional. O antigo curso cientifico também sofreu reformas passando a ser conhecido como Segundo grau, o que atualmente é o Ensino Médio.

Trajetória acadêmica e profissionalizante
Realizou o vestibular para a Faculdade de Fisioterapia graduando-se Fisioterapeuta (2006) pela UNISUAM. Cursou a Pós graduação Lato Sensu em Fisioterapia Neurofuncional (2008) e a Pós graduação Lato Sensu de Fisiologia do Exercício e Treinamento de Força (2010) também pela UNISUAM. Na pós é ministrada a disciplina Didática do Ensino Superior que achou muito interessante. A fisioterapia foi a cadeira de escolha por sentir que tinha vocação para a área. O período na faculdade foi muito prazeroso e gratificante, embora também tenha sido muito duro, principalmente na época do estágio supervisionado e na elaboração do TCC.  Participou como aluno dos cursos de atualização na área da saúde da plataforma Telessaúde da UERJ.
O primeiro contato com professor foi na arte marcial Uru-can do Brasil que é uma arte marcial brasileira mista. Tornou-se faixa preta nessa arte (1986), tornou-se faixa preta em Karatê (2002), treinou outros estilos como o jiu jitsu e o muay tai como complementos e ministrou aulas práticas e a teoria das artes marciais nas academias do grupo Uru-can do Brasil e na Antiga Escola Cumbres Bosque na Barra da tijuca até 2003. 











Atualmente participa como professor-tutor numa plataforma de EAD (ensino a distancia) sistema Learncafe e é autor de diversos cursos de atualização e informação. O ingresso nesse sistema foi por curiosidade de saber como seria essa ocupação. A experiência esta sendo boa. O sistema te oferece às ferramentas para a construção dos cursos online. O contato virtual com os alunos também tem sido bom, o professor tutor esta sempre tirando dúvidas, dando orientações e realizando fórum de discussões sobre os assuntos relacionados ao tema dos cursos.  Os cursos ministrados são:

O estresse e as patologias sistêmicas.
O curso é composto de oito aulas editadas em arquivo Word e aborda o estresse como agente precursor de varias doenças no nosso cotidiano, bem como as diversas abordagens para o tratamento e prevenção do estresse e das doenças relacionadas. São relatados casos reais em que os episódios patológicos foram deflagrados por uma situação de intenso estresse. O curso tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida. O público alvo é de estudantes da área da saúde e público interessado em saúde e qualidade de vida.

Diabetes mellitus. Prevenção e cuidados.
O curso é composto por nove aulas editadas em arquivo Word e aborda o diabetes mellitus de forma clara, apresentando as alternativas de tratamento e prevenção para que o portador tenha uma melhor qualidade de vida. O curso tem como objetivo a atualização, a informação e uma melhor qualidade de vida. O publico alvo é de estudantes da área da saúde e publico interessado em saúde e qualidade de vida.

AVC. Prevenção e cuidados.
O curso é composto por oito aulas editadas em arquivo Word e aborda o acidente vascular cerebral numa visão clara e os cuidados após o AVC e como prevenir um segundo episódio, bem como, a prevenção do primeiro. O publico alvo é de estudantes da saúde e publico interessado em saúde e qualidade de vida.

Contenção física e mecânica de pacientes. Um critério preventivo
O curso é composto por 10 aulas editadas em arquivos pdf e Word e aborda a contenção no leito dos pacientes agitados e agressivos no âmbito hospitalar psiquiátrico e clinico, bem como a decisão do conselho da classe de enfermagem sobre o procedimento. O curso tem como objetivos: a conscientização do trabalho em equipe e a proteção da integridade física dos pacientes e da equipe que dispensa os cuidados aos mesmos. O Publico é de profissionais e estudantes da área da saúde.

Terceira idade. Cuidados e prevenção da incapacidade do idoso.
O curso é composto por nove aulas e aborda o processo de envelhecimento como de ocorrência natural, os cuidados que se deve ter para prevenir a incapacidade do idoso e desmistifica a idéia popular de um idoso incapaz de ser independente, de cumprir com seus compromissos sociais e de ser feliz. O curso tem como objetivos: orientar sobre o processo de envelhecimento e como envelhecer com saúde e independência. O publico alvo é de estudantes da área da saúde e publico interessado em saúde e qualidade de vida.

O Dr. Luiz Barreto mantém um blog sobre saúde física, mental e emocional ainda em fase de expansão e melhoria blogspot Lu fisio masso com o objetivo de orientar e informar sobre saúde e qualidade de vida.



Conclusão
Terminando este trabalho espero ter atingido minha meta principal, ou seja, realizar com eficácia o que me foi proposto e que pese em favor não só meu mais ao grupo ao qual faço parte, em nosso desenvolvimento como alunos e futuro profissionais da educação.


Agradecimentos
Quero salientar meus mais sinceros agradecimentos ao (Prof. Dr; Luiz Barreto Fisioterapeuta) por ter sido atendido prontamente, e que com um tremendo empenho ajudou-me a realizar esse trabalho, sem nenhum momento ter se oposto ou tido qualquer tipo de constrangimento e se negado a ajudar-me na realização desta tarefa.





 Entrevista com o Pedagogo Célio Assis da Silva


Nome do entrevistado: CÉLIO ASSIS DA SILVA
Profissão: Militar, Pedagogo e Professor
Email: asilva_66@ig.com.br

Nome do Aluno: RODRIGO LUIZ DE MESQUITA
Curso: Pedagogia (1º Período) UERJ/FEBF
Email: mesquita58@hotmail.com

  A escolha de Célio Assis para esta narrativa se deu porque a sua história se elucida bem dentro do meu contexto e das minhas perspectivas para com a Pedagogia. O entrevistado é meu  colega de farda e está sempre me apoiando e incentivando tanto na minha vida profissional dentro da Aeronáutica quanto na longa caminhada que ora iniciei na Pedagogia. 
O entrevistado tem 46 anos de idade, é militar da Aeronáutica desde 1985, Pedagogo e Professor da Faculdade São Judas Tadeu e possui formação superior em 2 graduações: 1ª graduação em Administração pela Universidade Federal Fluminense (1986) e a 2ª graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (1996). 
Em meados de 1991 prestou o seu 2º vestibular e como já mantinha certa afinidade com o oficio educacional, resolveu que estudaria Pedagogia. Ingressou no curso de Pedagogia da Faculdade São Judas Tadeu, a época, a Faculdade São Judas era referência entre as demais que ministravam o curso de Pedagogia no Rio de Janeiro, tudo corria dentro do planejado, quando, em 1994, foi transferido pela Aeronáutica e deixou de servir no Rio de Janeiro para ir servir em Manaus, ao mudar-se para Manaus achou que os seus projetos para o curso de Pedagogia iriam por água abaixo por não saber se encontraria em lá uma boa Universidade, porém ao chegar foi informado que, por estar cursando uma Universidade no RJ e ter sido transferido a trabalho por um Órgão Público Federal ( Aeronáutica ), poderia requerer sua transferência de curso, para uma Universidade Federal daquele Estado, no caso a Universidade Federal do Amazonas UFAM, e assim se deu a sua migração. Célio foi transferido para Manaus para integrar um grupo de trabalho que era ligado a  Logística da Aeronáutica dentro do Estado do Amazonas, com o andamento do projeto ele foi adquirindo conhecimentos e acabou sendo inserido indiretamente no ramo da Logística. Em 1996, recém formado em Pedagogia na UFAM e possuidor de vasto conhecimento no ramo da Logística, ingressou como professor no Curso Técnico de Logística OBJETIVO em Manaus e lecionou de 1996 a 1999, em meados de 1999 foi convidado pela Faculdade ULBRA para compor o 1º corpo Docente de Graduação em Logística, que ora se iniciaria naquele Estado, com isso manteve contato direto com os elos da educação daquele Estado, onde participou de diversos congressos, seminários e eventos ligados a área Pedagógica/Educacional e teve a oportunidade de formar e inserir diversos pessoas/profissionais no mercado de trabalho.
Em 2002, Célio foi transferido para o Estado do Pará e foi alocado em um Departamento da Aeronáutica onde realizava viagens para prestar apoio à Logística em todo o Brasil. Essas viagens o impossibilitaram de permanecer em sala de aula, de 2002 até 2010, quando foi novamente transferido.
Em 2010 foi transferido para o Rio de Janeiro, mas desta vez a Logística ficou de lado pois sua atuação agora estava voltada para a área de pessoal militar/RH. Como sua vida profissional estava mais tranquila, decidiu que iria voltar às salas de aula e retomar suas atividades pedagógicas, por estar afastado das salas de aula desde 2002, percebeu que tinha que se atualizar para poder  voltar às salas de aula. Ao fazer uma visita na faculdade que fora a sua precursora na Pedagogia, a Faculdade São Judas Tadeu, encontrou diversos companheiros que em 1992 iniciaram a carreira e eram seus colegas de turma e atualmente encontravam-se a frente daquela Instituição, coordenando o Curso de Pedagogia. Como mantivera uma boa relação de amizade com esse grupo, foi  convidado para fazer parte do mesmo e iniciou naquele momento algumas atividades pedagógicas que brevemente o habilitariam a voltar as salas de aula, não transcorreram 3 meses dessas atividades  e Célio foi inserido no corpo docente da graduação em Pedagogia da Faculdade São Judas Tadeu, onde permanece até hoje atuando como professor. Atualmente atua em horários específicos e bem restritos, mas em dezembro de 2013, quando irá se aposentar na Aeronáutica, pretende intensificar suas atividades, inclusive tem pretensão de especializar-se ainda mais e finalmente dedicar-se integralmente à Pedagogia.

Perguntas ao ENTREVISTADO :

1. Como você define a Política no Brasil ?

“...MANIPULAÇÃO DA MASSA, COMO SE MARIONETE FOSSEMOS...”  

 2. Defina “PEDAGOGIA” com suas palavras ?

“...Ofício/Ferramenta, que direta ou indiretamente, ajuda um ser a conduzir a formação de outro ser...”


A história de Célio elucida de forma bem clara  que a Pedagogia não está presente somente nas escolas ou faculdades, está presente no nosso cotidiano, no nosso dia-a-dia, inserida em outras profissões e colaborando sobremaneira para sermos seres humanos  mais desenvolvidos e de certa forma ajudarmos na construção de uma nação melhor.

A  minha escolha para cursar Pedagogia, se deu entre outros motivos, após, a percepção que devemos passar algum conhecimento para as pessoas que estão a nossa volta ou ainda aquelas pessoas que estão vindo atrás de nós. Buscando esse conhecimento junto à “Pedagogia e seus segmentos” creio que poderei desenvolver muito mais e com o passar dos dias, agir com mais propriedade e discernimento, contribuindo positivamente para algo melhor.  




     Rodrigo Luiz de Mesquita
                    Aluno do 1º Período de   Pedagogia 
UERJ/FEBF


                            Célio Assis da Silva
                            Professor e Pedagogo da Faculdade
                            São Judas Tadeu - RJ





Vida escolar da Professora Maria Irene Marque Cerieira
(por Eurídice Braga)



Introdução

Este trabalho de pesquisa que visa resgatar as lembranças de um Docente, trouxe-me grande alegria, pois foi possível ver o brilho nos olhos de alguém que ama lecionar. A satisfação de falar de sua trajetória escolar desde as séries iniciais, deu a impressão de que havia ocorrido há pouco tempo devido a explosão de emoções a cada fato lembrado. Maria Irene Marques Cerieira, Professora de Língua Portuguesa e Espanhol, moradora de Duque de Caxias, atua na Rede Municipal de Magé há mais de dez anos e ama o que faz.

Trajetória escolar 

Ao ser matriculada na Igreja Católica Brasileira que depois mudou para Jardim de Infância Cirandinha, já sabia escrever as vogais, seu próprio nome e de alguns familiares. Suas professoras neste período foram a Cleide e Maria das Graças, que incentivavam os estudos e sentia maior alegria em ir para a escola. Até hoje lembra-se do rosto delas e tem saudosas lembranças.




Capa da Prova da 1ª série onde ficou em 1º lugar da classe




Na 2ª série, foi transferida para o Grupo Escolar Dr. Alfredo Backer e sua professora chamava-se Carmem Lúcia          
   "foi muito bom estudar com essa professora tão carinhosa".





 Na 3ª e 4ª séries, estudou com a professora Irani, onde encerrou o primeiro ciclo de Alfabetização.



 Morando em um bairro onde oferece escolas de qualidade, o ginásio foi feito no Colégio Cenecista de Imbariê, e o que mais marcou a Irene, foi o Diretor da escola e a Coordenadora que era chamada carinhosamente de "Tia Nair", e até hoje ela e alguns colegas de turma  tem contato com eles. Um dos momentos mais gostosos da época era ir à pé para a escola fazendo "a maior farra", lembra com entusiasmo.
O segundo grau, também foi feito no Colégio Cenecista de Imbariê, e uma professora que sempre é lembrada nas conversas entre os colegas é a "Tia Zaira", que dava aula de religião e a maioria detestava.



Sua formação acadêmica foi influenciada pelos pais a fazer faculdade de Medicina, mas não era o que queria fazer, e isso a deixava com muitas dúvidas. Ainda assim, tentou vestibular na CESGRANRIO e ficou reprovada por dois pontos, mas teve a oportunidade de escolher outro curso compatível com sua pontuação no vestibular, então ela escolheu Fisioterapia, cursou por dois anos e mudou para Enfermagem no qual se formou e atuou por muitos anos.

Com o passar dos anos, casou, teve filhos e não trabalhou mais. Depois de 10 anos, fez Faculdade de Letras (Português/Espanhol), e trabalha na área da Educação mais ou menos por 10 anos onde realmente sente-se realizada por fazer parte da educação de vários alunos.


"A cada ano que passa, alguns alunos marcam a vida da gente, e uma grande satisfação é encontrar homens e mulheres formados e ainda me chamam de tia.
Esse trabalho me remeteu há muitas lembranças maravilhosas e inesquecíveis, valeu a pena relembrar de tudo.

Estou enviando um pedacinho da minha história para vocês, espero que gostem.

Felicidades!!"












Entrevista com o Professor Cássio Guinho
(por Juliene Nascimento)
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Cássio Guinho trabalha como professor há 5 anos. É professor de Música, Física e Matemática atualmente têm 23 anos. Adora história, geografia, português, poemas, contudo prefere física e matemática. Ama dar aulas de Física.  Atualmente é apenas professor de música na Igreja onde congrega.
Começou a estudar com 4 (quatro) anos no Jardim Escola Sol Nascente. Sua primeira professora se chamava Aline. Sua primeira paixão também se chamava Aline. Ele recorda que algumas vezes não tinha lanche para levar para a escola e sua mãe então preparava pão com ovo. Certa vez sua professora percebeu que ele tinha levado pão com ovo e então perguntou aos outros colegas de turma se havia alguém que pudesse dividir um pouco de lanche. Ele se sentiu envergonhado, mas sua lancheira ficou cheia de lanche.

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Ele relata que o que mais gostava na escola era o recreio (risos).


Professora Cláudia (Esq.), Cássio e Zuleci (Dir.) no Jardim Escola Sol Nascente.

Os desenhos que mais gostava de assistir era Capitão Caverna e Capitão Planeta, entretanto passava a maior parte do tempo brincando na rua.
Sempre desejou ter um Nintendo Wii, porém o único vídeo game que teve foi um Dynavision que foi dado por sua tia Márcia Guinho.
No Ensino Fundamental conseguiu uma bolsa de estudos e começou a estudar no CAP – FEUDUC (Colégio de Aplicação - Fundação Educacional de Duque de Caxias), onde estudou durante 3 (três) anos.  Durante este período apanhava dos outros alunos e sofria bullying, pois perturbava a todos. Às vezes pulava a janela e ia para o mato pegar jamelão.
Nesta mesma época sua mãe foi chamada na escola para conversar com o psicólogo, pois era considerado “perturbado”. Então ele disse que era bagunceiro, pois vivia apanhando em casa. Quando sua mãe chegou do psicólogo bateu nele por ele ter falado que apanhava em casa.
Alguns anos depois estudou no Colégio Santo Inácio.
Estudou o ensino médio na Escola Técnica Estadual Ferreira Viana. Seu melhor professor foi José Cláudio que lecionava Resistência dos Materiais e Elementos de Máquina. Terminou o ensino médio com 16 (dezesseis) anos. Desenho técnico e Resistência de Materiais eram as matérias que mais gostava.
Foi professor de Física em cursos preparatórios e professor de Matemática dando aulas particulares.
Sempre quis ter um Nintendo Wii, porém o único vídeo game que teve foi um Dynavision que foi dado por sua tia Márcia Guinho.
2006 – em maio começou a frequentar o PVNC (Pré-vestibular para Negros e Carentes) na FEUDUC (Fundação Educacional de Duque de Caxias) onde seu pai Raulino era professor de História. Ele diz: “Meu pai era o melhor professor do pré e eu dormia na aula dele”.
Tem como referencial seu pai, pois fez a faculdade de Direito sem repetir nenhum período, sendo pai de família e com 40 anos.
 Certa vez a Professora Ruda - Matemática, que era da Arábia Saudita aplicou dois desafios na turma; quem terminasse primeiro os exercícios iria ganhar uma caixa de bombom. Ele foi o primeiro a terminar os exercícios corretamente. Ganhou 2 (duas) caixas de bombom, uma delas foi dividida com a turma.
Fez o vestibular para UERJ e não foi aprovado no curso de Engenharia Mecânica. Conseguiu um estágio como Técnico em Mecânica na UFRJ.



Estágio na UFRJ – Técnico em Mecânica - 2006

2007 – tornou-se monitor de física e professor substituto no PVNS. Fez o vestibular da UERJ e foi aprovado para Engenharia Mecânica, mas não foi.
2008 – Tornou-se coordenador de monitoria junto com outra aula do PVNC (Yngrid Lira). Permaneceu dando aula de Física e na metade do ano assumiu uma turma no PVNC.
Inscreveu-se no PROUNI para a PUC – Gávea e conseguiu uma bolsa de 100% no curso de Engenharia Mecânica (1º semestre). No 2º semestre foi aprovado para a UFRJ em Engenharia Elétrica, então abandonou a PUC e foi estudar na UFRJ com o objetivo de transferir para Engenharia Mecânica depois. Entretanto, não conseguiu, pois anos mais tarde os pré-requisitos para mudança interna haviam mudado.
2009 – começou a dar aula de Física no PVS (Pré-vestibular Social) no Colégio Estadual Barão de Mauá e no PVNC – Almeida Barros. Ganhava R$ 10,00 (dez reais) por dia para dar aula. Conseguiu um estágio em Engenharia Elétrica na UFRJ.









Dando aula de cálculo III – Cássio (Esq.) e Lucas da Paz (Dir.)

2010 – Continuou dando aula no PVS e no PVNC, entretanto saiu do estágio. Entrou em uma banda da Igreja onde congrega até hoje e aprendeu a tocar trombone.
2011 – parou de dar aula no PVNS. Tentou dar aula de música, mas desistiu por problemas pessoais.
2012 – Fez prova de transferência externa para o CEFET para o curso de Engenharia Mecânica e foi aprovado. Começou a dar aula no Pré-vestibular Paulo Freire.
2013 – Voltou a dar aula de música na Igreja em que congrega e tem a meta de formar músicos até o fim do ano. Leciona como professor apenas para músicos iniciantes. Adquiriu o conhecimento em música sozinho. Nunca teve aula de música. Quando tentou entrar na aula de música não entendia o que o professor explicava.




Alunos de música. Letícia, Carol, Lavínia, Rejane e Uriel (Esquerda para direita).

Ao contrário dele, eu sempre estudei em escolas públicas. O colégio mais longe que estudei eu demorava 1h para chegar, que era o Colégio Estadual Barão de Mauá em Xerém onde em 2009 estudei física com ele no PVS. As aulas não eram tão boas, mas eram engraçadas.

Tive-o como referencia para não passar no primeiro, no segundo e no terceiro ano de vestibular. Também já fui maestrina dele na banda em que nós tocamos atualmente. Ele também já foi meu maestro. Somos músicos, universitários, amigos e atualmente namorados. 

Decidi entrevistá-lo não por ser meu namorado e sim pela história de vida dele que enfrentava 3h de transito para poder ir e 3h para voltar da escola de ensino médio. Pelos exemplos, bons e ruins para ingressar em uma universidade pública. Pela superação em todas as fases de sua vida acadêmica. Pela força que ele me dá de correr atrás do curso que realmente quero para minha vida.

Diante disto escolhi o Cássio Guinho por ser o professor mais próximo a mim e o que mesmo em pouco tempo mais participou de minha vida acadêmica. Ajudou-me a entender as papeladas que a UERJ pediu para inscrição, me ajudou a ver com outros olhos essa vida de universidade, me ajudou a ver que não é isso que quero para a minha vida.














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TEXTO REFERENTE A ENTREVISTA COM UM 


PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

(por Jocimar Santos Silva)



Uma linha do tempo, uma história... Um momento marcante onde foram narrados fatos, acontecimentos e desejos. Uma atividade prazerosa e com efeitos bem legais. Ao entrevistar um grande amigo e, principalmente, grande profissional da Educação, pude perceber sinais reais de realizações... O tempo passou, mas, a alegria, a vontade e o compromisso ainda continuam a existir.
Para a realização da atividade referente à entrevista, escolhi uma pessoa com idade semelhante a minha para facilitar a comparação da linha do tempo. Outro detalhe importante a ser abordado é a sua participação na educação no município de Duque de Caxias, onde começou como funcionário administrativo de uma escola, sendo meu colega de trabalho, até chegar a direção de uma escola.
A entrevista foi realizada em uma conversa muito descontraída, onde fizemos uma viagem pelo passado e nos divertimos muito.
O professor que eu escolhi para entrevistar foi Marcio Sampaio de Andrade, nascido em 19 de abril de 1970, uma data não tão distante do dia do meu nascimento ocorrido em 20 de fevereiro de 1973.
A sua história na educação aconteceu em 1977, quando entrou no antigo CA, no Centro Educacional Plinio Bastos em Belford Roxo. Alguns anos mais tarde, em 1979, eu estaria dando os primeiros passos na escola, no Colégio Nossa Senhora da Penha em Duque de Caxias.


 
(Batismo em agosto de 1970)


Durante os primeiros anos de vivência escolar, Profº Márcio afirma que teve uma professora que muito admirou: “A professora Jorgina, conhecida como tia Nina, foi a pessoa que me marcou no primário. Embora fosse exigente, tinha um carinho especial para comigo”. O interessante nesse contexto é que tive, também, uma professora muito exigente no primário, Tia Gilda, ao qual tenho muito boas recordações... Nesse momento, ficamos muito tempo contando um ao outro as muitas exigências de cada uma dessas professoras e o quanto elas nos ajudaram... Fabuloso.
Outra situação que marcou as muitas coincidências de nossos relatos foi a mudança de escola na vida do Profº Márcio. Em 1979, mudou de uma escola privada para uma estadual, CENIP, em Petrópolis e eu após estudar durante 3 anos em uma escola particular, mudei para o Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, em 1982, uma escola do estado. Segundo Profº Márcio: “o CENIP era um colégio de grande destaque educacional, um dos mais procurados da cidade, que recebia filhos de professores, advogados, médicos, comerciantes, militares e outros segmentos da classe média mais favorecida. Na 4ª série, uma mudança profunda. Eu tinha 4 professoras. Um método diferente, pouco confuso, porém um passo seguro para a entrada na 5ª série”.
Confesso que me assustei quando ele falou em 4 professoras... Em todo período da Educação Infantil e outras séries do primário, sempre estudei com uma única professora que tinha que se desdobrar com uma turma com 30 ou até 35 alunos. Fiquei bastante impressionado.
Alguns anos mais tarde, 1985, a mudança de residência fez com que o Profº Márcio tivesse de voltar a estudar em Belford Roxo onde fora matriculado em uma escola municipal muito aquém da anterior escola. Segundo ele, houve dificuldades de adaptação. Nessa ocasião, ele já estava cursando a 8ª Série, atual 9º Ano. Nesse mesmo ano, eu estava iniciando as atividades no antigo Ginasial, cursando a 5ª Série, atual 6º Ano. Foi um ano de mudanças. Até então, estudava com uma professora e tinha 4 matérias. Já na 5ª Série, o número dobrou e eram vários professores. Foi incrível, aos 11 anos, ter contato com tantas coisas novas em uma escola.
Mais uma vez, uma professora chamou a atenção do Profº Márcio. Com incentivos a indagação, fazendo debates e avaliações com perguntas subjetivas, Profª Luciana marcou época. No meu caso, nesse mesmo período, tive um professor de Ed. Física que era extremamente justo e me marcou positivamente quando chamou a atenção da turma por uma situação e exigiu que o então autor se apresentasse. Como ninguém o fez, Profº Gerson falou em tom suave encerrando a aula: “o verdadeiro homem não é aquele que grita, bate ou ordena. O verdadeiro homem é aquele que honra a sua educação e assume os seus erros”. Até hoje, quase 30 anos depois, não sei quem aprontou a situação, pois, a pessoa não se apresentou. Entretanto, nunca esqueci a frase e a sua postura diante da situação.



(Certificado de conclusão do 2º Grau, atual Ensino Médio)


Já no Ensino Médio, antigo 2º Grau, Profº Márcio continuou estudando na mesma escola, porém, já no noturno, visto que, tinha o desejo de trabalhar para ajudar no orçamento familiar, o que também ocorreu comigo. Em 1989, decidi estudar a noite e trabalhar durante o dia. Foi um período bacana, onde aprendi muito com os meus chefes. Tempo bom, em que cada minuto era de muita valia. Lembro que estudava na fila do banco para não tirar nota baixa na prova que seria aplicada a noite... Muito gratificante.



(Certificado de conclusão do Ensino Superior em Pedagogia)


No último ano do Ensino Médio, Profº Márcio teve contato com amigos que estudavam Pedagogia na UERJ e assim criou o desejo de se tornar pedagogo: “Ingressei no 2º semestre de Pedagogia na UERJ de São Cristóvão, onde a minha vida mudou para sempre, o menino tímido, transformou-se num aluno participativo e e representante do curso de Pedagogia. Me formei em 1992 e continuo desempenhando este papel de Pedagogo até hoje. Gosto muito do que faço, porém tenho muitas angústias com a educação... ainda assim, continuo lutando bravamente pelo meu ideal”. Em 1992, quando o Profº Márcio estava se formando, eu realizava o vestibular para ingressar na minha primeira graduação, o que ocorreu em 1993. Já nos anos seguintes, ingressei na Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, onde atuei ao lado do Profº Márcio como Auxiliar de Secretaria. Foi nesse período que nos conhecemos e estabelecemos amizade sólida. 


( Solenidade de formatura - UERJ - 1993)


No atual momento, 2013, Profº Márcio está atuando como diretor de uma unidade escolar do município enfrentando todos os desafios que são estabelecidos na sua profissão. Como amigo particular ficou imensamente feliz em saber que ingressei na UERJ-FEBF para cursar Pedagogia.
Enfim, após o encerramento da entrevista, constatamos que enquanto estudantes, acompanhamos fatos históricos ocorrerem em diversas épocas e lugares. Em um pouco mais de 25 anos, presenciamos o Movimento Diretas Já (1984), surgimento de incríveis bandas do rock nacional (1985), a queda do Muro de Berlim (1989), libertação de Nelson Mandela (1990), dissolução da União Soviética (1991), impeachment de um presidente (1992), ataques as Torres Gêmeas (2001), Jogos Pan Americanos no Brasil (2007), entre tantos outros fatos. É a História. Fatos diversos, alguns muito marcantes, outros um pouco menos marcantes... No entanto, com seus valores e importâncias.



Considerações finais

            Agradecemos aos Docentes acima, a confiança depositada em nosso trabalho acadêmico, abrindo suas portas e vidas para uma entrevista que certamente mexeu com suas emoções ao relembrar momentos de alegria e certeza de poder contribuir na formação de outros, e nos transmitiu  satisfação e desejo de continuarmos nessa trajetória que abre caminhos para novos horizontes, deixando marcas por onde passa.

                        


                                "Ensinar não é transmitir conhecimentos,    mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção"
(Paulo Freire)

            



 





Um comentário:

  1. Apesar das dificuldades, foi um trabalho realizado com dedicação pelo grupo. Parabéns a todos nós!!

    Em especial agradeço ao colega de trabalho JC que me ajudou neste desafio.

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